Mercado Brasileiro de beleza é o terceiro mais rentável do mundo
Não é a toa que o mercado de beleza brasileiro é o terceiro mais rentável do mundo, logo depois dos Estados Unidos e Japão, de acordo com dados do Instituto de Pesquisas Euromonitor 2010. Diferentes estudos reiteram que a mulher brasileira é a mais vaidosa do mundo (veja, por exemplo, o box ao lado). E não é só no espelho, o reflexo do fascínio pela beleza é nítido no mercado. Com a constante diversidade de produtos e de tratamentos, cuidar da beleza ficou caro - em muitos casos, os gastos já representam de 20 a 30% da renda pessoal -, mas continua muito atrativo.
Oportunidades lucrativas de negócios para empresários e empreendedores se multiplicam no Brasil com a mesma velocidade que a indústria de higiene, perfumaria e cosméticos investe em inovação, pesquisa e desenvolvimento. O resultado dessa equação é um rápido crescimento do setor de estética no país, o que aumenta o número de vagas abertas e impulsiona profissionais de diferentes segmentos, como laboratórios, clínicas de estética e salões de cabeleireiro, a buscarem maior qualificação, inclusive no exterior.
O setor coleciona números impressionantes. Entre as razões para expansão, além da modernização do parque industrial, do investimento em marketing e da inovação tecnológica das indústrias, está a democratização do consumo, conforme a Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basílio. Para se ter ideia da lucratividade, entre os anos 1996 e 2009 o faturamento quintuplicou, movimentando R$ 24,9 bilhões.
Outro bom termômetro para avaliação do poder desse mercado é análise sob a ótica de emprego. As oportunidades de trabalho criadas pelos salões de beleza, por exemplo, cresceram 278,9% em 16 anos (de 1994 a 2010). Dados obtidos junto ao mercado e a sindicatos de trabalhadores revelam que, em 2010, foram contabilizadas 4, 282 milhões de oportunidades de emprego nas áreas de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Número que representa uma expansão média anual de 9,3% em relação ao ano passado.
Segundo projeções da Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), em 2011 a lucratividade do setor deve alcançar a casa dos R$ 31,12 bilhões. A previsão é que até 2013 o consumo per capita de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos atinja US$ 178 no Brasil. O último dado consolidado divulgado pelo Euromonitor, em 2009, aponta o consumo per capita brasileiro como sendo de US$146,6. Para 2011, o setor de beleza promete ser um dos cinco mais promissores para se investir em novos negócios e projeta crescimento de 14,5% em relação ao ano anterior.
Mayara Carvalho

Em 12 anos, faturamento quintuplicou: chega a R$ 24,9 bilhões
